Objetivo do blog

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Paleontólogos desenterram crânio 'raro' de mamute

 Fóssil de mamute-da-estepe é essencial para entender evolução dos mamutes.


Palenteólogos desenterraram, no sul da França, o fóssil "extremamente raro" do crânio de um mamute.

De acordo com os pesquisadores Frederic Macombat e Dock Mol, a peça está bem preservada e poderá ajudar especialistas a entender melhor as etapas da evolução do animal, extinto há cerca de 8 mil anos.

O crânio teria pertencido a um mamute-da-estepe macho, espécie que habitou a Terra há cerca de 400 mil anos, durante a idade Pleistocena Média.

Segundo os especialistas, até hoje foram encontrados vários dentes de mamutes-da-estepe, mas apenas um punhado de esqueletos havia sido desenterrado e, nestes casos, o crânio raramente foi achado intacto.

O animal tinha cerca de 35 anos quando morreu e media 3,7 metros de altura, segundo estimativas dos pesquisadores.


Elo perdido


O mamute-da-estepe é vital para entender as etapas da evolução dos mamutes. A espécie representa a fase de transição entre o mamute meridional ou ancestral e o mamute lanudo.


"A espécie é muito importante porque não sabemos muito sobre a idade Pleistocena Média", disse Mol, do Museu de História Natural de Roterdã, na Holanda, em entrevista à BBC News.

"Vários sedimentos sofreram erosão e não conhecemos muitas localidades onde podemos descobrir novos fósseis. Precisamos encontrar o que chamamos de 'o elo perdido'", na evolução do mamute.

O mamute meridional teria vivido em savanas e se alimentado de frutos de árvores e arbustos. Já os dentes molares encontrados no mamute-da-estepe e no lanudo indicam que estas espécies estavam adaptadas ao pasto.

Os pesquisadores agora devem transportar o crânio em um caminhão para o museu Crozatier, perto de Auvergne, onde a descoberta foi feita.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL744803-5603,00-PALEONTOLOGOS+DESENTERRAM+CRANIO+RARO+DE+MAMUTE.html


terça-feira, 20 de novembro de 2012

A importância da paleontologia para a biologia, seus objetivos e aplicações


         



A paleontologia é uma ciência de fundamental importância no estudo da biologia. Ela estuda os fósseis, ou seja, os restos e vestígios de animais ou vegetais pré-históricos que se encontravam conservados em sedimentos. A análise dos organismos em forma de fósseis nos possibilita conhecer a história do nosso planeta, permite reconhecer a evolução dos seres vivos, distinguir esses seres que habitaram a Terra, e que não deixaram somente fósseis, mas também marcas produzidas por suas atividades (rastros, pistas, pegadas).
         Os objetivos principais da paleontologia são: fornecer informações a respeito da evolução biológica dos seres vivos baseando-se na análise de fósseis e julgar a datação das formações geológicas.
          A paleontologia pode ser aplicada em diversas áreas como a estratigrafia, no campo de reconhecimento das camadas de sedimentos e a sucessão das mesmas; paleocologia através do reconhecimento de camadas deposicionais nos ambientes; geologia estrutural por meio do reconhecimento de fatos tectônicos; paleogeografia no reconhecimento de mares e continentes primordiais, dando subsídios a teoria tectônica de placas, entre outras; zoologia em relações de abordagens a filogenia e sistemática de organismos baseados em características analisadas em estudos de comparação; botânica é aplicada no estudo de plantas fósseis que contribuem na compreensão do processo evolutivo e na datação de eventos e na genética por meio da inter-relação de estudos da análise molecular que auxiliam tanto na datação de períodos, como na classificação de organismos.  

domingo, 18 de novembro de 2012

Paleontólogos retiram mais fósseis de animais em povoado baiano


Pesquisadores da UFRB coletaram ossadas de cavalos e de tatus extintos.

Primeiros resquícios de animais foram localizados por moradores este mês.


Mais ossadas são encontradas em Lagoa Escura (Foto: Raimundo Mascarenhas/Calila Notícias)

Uma equipe de paleontologia da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) esteve na localidade de Lagoa Escura, no município de Santaluz, no domingo (23), e coletaram ossos de mastodontes, cavalos extintos, e gliptodonte, um tipo de primo gigante do tatu. De acordo com a doutora em paleontologia da UFRB, Carolina Scherer, a equipe foi acionada pelos moradores que encontraram as ossadas de animais pré-históricos no dia 5 de setembro.

"Fomos chamados por moradores e conseguimos coletar muitos materiais, inclusive recebemos materiais colhidos anteriormente pelos moradores. Como o terreno é da União, é proibido por lei que esse tipo de material histórico encontrado no local fique em mãos da sociedade civil. É preciso entregar para uma instituição pública", informou a pesquisadora. "Nessa visita, nós retiramos principalmente a parte do casco de um gliptodonte, que é parente dos tatus e já está extinto. Levamos parte do casco e da cintura pélvica [bacia]", explicou.
Pesquisadores recolhem ossadas de sítio
Foto: Raimundo Mascarenhas/Calila Notícias)
Megafauna
Scherer ressaltou a importância do sítio do ponto de vista científico. "Há cerca de um milhão a 10 mil anos, essa localidade abrigava animais da 'megafauna', que eram de grande porte. Alguns tatus, por exemplo, eram do tamanho de um carro pequeno. Conseguimos recolher outros materiais, que ainda não foram identificados", disse.
Segundo explica, o local abrigava uma lagoa, que era usada para hidratação dos animais e, atualmente, da população. "A Lagoa Escura era uma lagoa mesmo, e os animais chegavam na localidade para beber água. Os animais que encontramos podem ter morrido tentando beber água ou antes de chegar na lagoa. Atualmente, quando chove, a lagoa fica inundada, mas, com a seca e a necessidade de achar água, os moradores cavaram em busca de um olho d'água, mas encontraram a ossada", completou sobre a descoberta.
De acordo com paleontóloga, ossos podem ser de animais do período da megafauna. (Foto: Calila Notícias/Divulgação)
Fonte:  g1.globo.com/ba

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Fósseis na Espanha podem ser do mais velho ancestral de panda gigante

Mandíbulas e dentes de animais foram achados por equipe da Catalunha. Ossos têm 11,6 milhões de anos e revelam adaptação para comer bambu.

 

Dois fósseis descobertos na Espanha podem ser dos mais antigos ancestrais conhecidos do panda gigante asiático. 

 O achado foi feito pela equipe do pesquisador Juan Abella, do Museu Nacional de Ciências Naturais e do Instituto Catalão de Paleontologia, e publicado nesta quarta-feira (14) na revista científica "PLoS One".

Mandíbulas e dentes achados (Foto: Abella J, Alba DM, Robles JM, Valenciano A, Rotgers C et al/Divulgação)

As mandíbulas e os dentes de 11,6 milhões de anos representam um novo gênero dessa família de pandas. Os ossos revelam que esses ursos, da espécie Kretzoiarctos beatrix, estavam adaptados para comer material vegetal resistente, como o bambu.
O panda gigante, nativo da China, é o único membro vivo da espécie a ter esse tipo de hábito alimentar.

Pandas gigantes são naturais da China e estão seriamente ameaçados de extinção (Foto: Reuters)  
 "O novo gênero que descrevemos nesse trabalho não é apenas o primeiro urso registrado na Península Ibérica, mas também o primeiro da linhagem do panda gigante", destaca Abella.

 Fonte: G1